Receita doce de abóbora kabocha sem açúcar


Quem me ensinou essa receita de doce de abóbora maravilhosa foi minha mãe. É uma receita super fácil e rápida de fazer.
Não pense que é um doce sem graça, junto da abóbora temos ameixas, uvas passas e o anis-estrelado. Esses ingredientes garantem o sabor adocicado da receita. Ele fica docinho sem ser enjoativo, por isso acho que adoro come-lo como lanche da tarde! Ele acaba com a minha fome, ajuda na ansiedade por doces e é super saudável!

Ingredientes:

2,5 kg de abóbora kabocha picada em cubinhos
150 gr de uvas passas pretas
150 gr de uvas passas brancas
200 gr de ameixas sem caroço
10 anis estrelados
10 cravos
1 canela em pau
10 colheres de sopa de água

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes em uma panela em fogo alto tampada. Mexa depois de uns 5 minutos, abaixe o fogo e deixe cozinhando por cerca de 20 minutos. Mexa de vez em quando.
Após 20 minutos, veja se a abóbora já está desmanchando, misture bem para ela terminar de desmanchar e deixe cozinhando por mais 5 minutos para secar o que restar de água.

Filme: Chef

Minha filha quando ainda balbuciava suas primeiras palavrinhas, não podia ver uma televisão e gritava “sisti ... sisti...”, referindo-se ao seu desejo em assistir seus programinhas favoritos... Sem dúvida ela puxou isso de mim, adoro “sisti”...
Assisto de tudo um monte, não tenho restrições, mas claro que tenho minhas preferências. Não gosto de filmes que exploram a tragédia, odeio essa mania de achar que para o filme ser bom tem que ter uma desgraça para no final acabar tudo bem. Também não vejo graça em comédias “sem graça”, prá dizer bem a verdade assisto de tudo, até prá saber do que eu não gosto. Mas a parte mais legal de tudo é quando eu acho o que eu gosto, e Chef é um filme que eu gostei muito! É leve e descontraído, não tem pretensão de ser mais do que é, tem uma linearidade e nenhum grande drama.
Alguns diriam em  tom pejorativo que é um filme "água com açúcar", eu não acho.
Carl, o protagonista, é um chef de cozinha. Logo no início do filme tem problemas com o dono do restaurante que trabalha, enfrenta a crítica gastronômica, é demitido e se torna chacota nas redes sociais. Paralelo a tudo isso, acompanhamos sua relação com o filho, ex-mulher e amigos de trabalho, que o ajudam a buscar um novo rumo para sua vida.
É um filme que fala de relações e de comida, assuntos embalados por uma trilha sonora deliciosa. Sua direção de fotografia é muito bacana, é totalmente coordenada com a evolução da história, me encantei com os planos detalhe de comida e com os lindos planos gerais que contextualizam a relação do protagonista com seu filho.
É atual, afinal, na vida real, nunca se falou tanto de food truck e redes sociais, assuntos presentes no filme todo. Acho que daqui uma década vamos assisti-lo em uma dessas reprises da TV a cabo e dar risada da nossa relação atual com as redes sociais, assim como hoje rimos do figurino dos anos 80.
O filme foi dirigido roteirizado e protagonizado por Jon Favreau, que tem em seu currículo filmes como Homem de Ferro e Cowboys e Aliens. Chef é diferente de tudo que Favreau já fez, me parece que de certa forma o diretor, assim como o Chef se reinventou nesse filme!

Ficha técnica:
Ano: 2014
Diretor: Jon Favreau
Roteiro: Jon Favreau
Elenco Principal: Jon Favreau, Sofia Vergara, Emjay Anthony, John Leguizamo, Scarlett Johansson, Dustin Hoffman, Robert Downey Jr., Bobby Cannavale.
Gênero: comédia, drama
Nacionalidade: EUA
Duração: 114 minutos

Assista o trailer oficial:


Boas vindas ao outono...

Eu adoro o verão! Acho seus dias lindos! Me sinto muito melhor, mais disposta, tudo fica mais azul... Por mim, o ano todo seria feito de verão, mas como não dá, tento fazer com que a mudança de estação seja menos dolorida, e sem dúvida o que me ajuda nisso é a comida!
Para dar boas vindas ao outono e espera o próximo verão, fiz uma broa de milho acompanhada por um cappuccino com especiarias. Olha lá as receitas:

Broa de milho

Ingredientes250 gr de farinha de trigo
250 gr de fubá
250 gr de açúcar
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 colher de sobremesa de erva doce hidratada em água em temperatura ambiente
125 gr manteiga
2 ovos
3 colheres de sopa de leite
Modo de preparoMisture o fubá, a farinha, o açúcar, o fermento e a erva doce. Acrescente a manteiga cortada em cubinhos e vá misturando e amassando até formar uma farofa.
Junte os ovos e o leite. Nessa hora parce que a massa não vai dar em nada, mas é só amassar um pouquinho que ela fica perfeita!
Faça bolinhas, achate-as, e polvilhe um pouco de fubá por cima. Leve para assar em forma untada e enfarinha com fubá (? ... pensei em usar “enfubasada”, mas acho que essa palavra não existe), por 25 minutos em forno médio, pré-aquecido.


Cappuccino

O legal dessa receita, é que ela rende bastante e se você guardar em uma lata ou vidro, sempre que quiser tem um cappuccino quentinho em 2 minutos.
Minha avó fazia cappuccino quando eu era criança, desde essa época que eu adoro, prefiro ele ao café! Essa receita é adaptada aos meus gostos atuais, vira e mexe dou uma mudadinha, e vocês também pode fazer isso, não tem jeito de dar errado!

Ingredientes
400 gr de leite em pó
50 gr de café solúvel
130 gr de açúcar refinado
2 colheres cheias de chocolate em pó (chocolate mesmo, não achocolatado)
1 colher de sobremesa de bicarbonato de sódio
1 colher de sobremesa de canela em pó
1 colher rasa de café de nós moscada
10 cardamomos descascados

Modo de preparo
Misture tudo e bata no liquidificador para ficar bem fininho. Guarde em uma lata ou vidro bem fechado.
 Quando for preparar é só colocar 1 colher de sopa desse pó em uma xícara e completar com água quente. Coloque a água aos poucos e vá mexendo, assim ele dissolve melhor e fica mais cremoso.
Um outono colorido para todos nós!

Leite = Manteiga, Coalhada, Laban e Cariche

Esses dias ganhei de uma amiga leite “de verdade”!! Da vaca, fresquinho, sem passar pela indústria!! Foi uma alegria!! Tirei essa foto enquanto a minha filha colocava ele na panela!
É impressionante como ele rende, com ele fiz Manteiga, Coalhada, Laban (Coalhada Seca) e Cariche. Todo o processo é muito simples. Com exceção da manteiga é possível fazer todo o resto com leite pasteurizado, desde que seja fresco (aqueles que compramos gelado no supermercado ou padaria).
Fiz a manteiga pela primeira vez e foi a coisa mais linda do mundo ver ela se formando, parecia mágica!! A coalhada, o laban e o cariche, são velhos conhecidos, sou neta de sírio, então eles sempre fizerem parte da minha alimentação.
Lembro uma vez, quando eu era criança, que durante uma aula de ciências na 3a. série, contestei uma professora quando ela afirmou que para fazermos coalhada era só espremer limão no leite, na hora fiquei inconformada e de forma espontânea desembestei a dar uma aula para a professora de como fazer coalhada... Impossível esquecer dos olhares de toda a classe achando tudo aquilo muito estranho, até que um garoto interrompeu a professora que insistia na história do limão, e disse que a vó dele de Minas  fazia coalhada do jeito que eu havia explicado. Juro que nessa hora entrei em delírio, eu estava me sentindo injustiçada, afinal, só porque eu era criança que eu não podia ter razão...
O engraçado é que enquanto escrevia que me lembrei dessa história e pra variar me dispersei, desculpem-me vou voltar para as receitas antes que eu me lembre de outra coisa...

Manteiga

Coloque todo o leite em uma panela e desligue quando levantar fervura, vá retirando toda a nata e separando em uma vasilha. O ideal é fazer esse processo 3 vezes. Depois disso é só bater.
Comecei batendo na mão, até que o braço cansou e eu apelei para batedeira... rapidinho vi a manteiga se formando.
Depois disso é só colocar em outra tigela com água e gelo, imediatamente como um passe de mágica, a manteiga se junta toda e fica igualzinha as que a gente compra...
Se quiser coloque um pouquinho de sal, como eu gosto mais de manteiga sem sal só levei para a geladeira.

Coalhada

O processo de feitura da coalhada é bemmm simples.
Coloque o leite para ferver e desligue assim que levantar fervura. Deixe esfriando até chegar em uma temperatura que você consiga colocar o dedinho e contar até 10.
Aí é só colocar duas colheres de coalhada para cada litro de leite e misturar bem, mas misture devagar, sem agitar muito. Tampe a panela e deixe em um lugar sossegado por cerca de 4 à 6 horas – depende do clima do dia.  Depois desse tempo destampe a panela, cheque se já coalhou, tampe de volta e leve para a geladeira.
Você pode comer essa coalhada como iogurte natural, pode colocar açúcar, mel, geléia, o que preferir!
 Obs.: Para coalhar usamos dessas coalhadas que a gente compra no supermercado – Eu só uso da marca Serramar, isso não é propaganda, é que realmente é a que garante uma coalhada bacana. Ahhh, eu uso o leite integral de saquinho da Serramar  para fazer a coalhada, também acho que entre os industrializados ele é o melhor.

Laban (Coalhada Seca)

A coalhada seca é sinônimo de comida árabe, acho que a pergunta que todo mundo me faz quando descobre que sou descendente é: Você sabe fazer coalhada seca?
Cá entre nós, eu adoro isso!!
O preparo dela é bem simples, coloque um escorredor em cima de uma panela ou bacia. Forre o escorredor com um pano de prato (tipo pano de saco) limpo e coloque a coalhada, feche o pano e amarre com um barbante. Deixe escorrendo dentro da geladeira. Quanto mais tempo deixar escorrendo, mais consistente ela ficará.
Tire do pano, tempere com sal, azeite e decore com hortelã, (além de ficar bonito, solta um saborzinho delicioso). Sirva com pão sírio.

Cariche

É o melhor!! Sou verdadeiramente enlouquecida por cariche, ele me lembra infância. Juro que quando tem cariche em casa me sinto mais motivada a levantar, pulo da cama rapidinho... sem despertador! rsrsrs
Eu sempre pensei que o cariche fosse super conhecido, assim como a coalhada seca... até ontem, quando fui dar uma busca no google e descobri que ele não existe no lá (como pode algo não estar no google???).
O que encontrei de mais próximo é o ariche, mas nenhuma receita é como a do cariche... Fiquei com a pulga atrás da orelha, procurei em livros, e nada!!
Então, vou estrear o google com a expressão Cariche e com a receitinha que é bem simples:
Tire a coalhada da geladeira (a primeira que fizemos, não a seca) e coloque no fogo para ferver. Cuidado para não ferver demais senão ele vai ficar muito seco.
Coloque para escorrer no pano, do mesmo jeito que fazemos na receita da coalhada seca) e prontinho!
Tempere com sal e azeite, e se quiser pode colocar um pouco de zátar (tempero árabe azedinho).

Com o cariche preparamos o chancliche, que tem um sabor mais forte. O processo é mais delicado, já que precisa colocar no sol, deixar pegar bolor em um vidro fechado (tem que ser o bolor certo) e depois descascar. O processo dura muitos dias, e eu nunca fiz. Minha mãe sabe fazer, da próxima vez que ela fizer vou acompanhar e posto aqui.

Abiu: A fruta que tem gosto de algodão-doce

Na frente da minha casa tem uma pequena árvore, (pequena porque ainda é uma árvore criança, tem muito o que crescer), eu sempre pensei que fosse uma árvore de flores, mas esses dias, quando fui até a padaria, reparei que ela estava carregada de frutos amarelos.
Fiquei super curiosa, colhi uma e abri com as mãos. Imediatamente senti um perfume doce que me deixou com água na boca, queria experimentar aquela frutinha perfumada.
Corri para o Google, e lancei a pesquisa: “fruta de casca amarela, polpa branca, com perfume doce”, apareceram milhares de fotos, rapidamente a identifiquei e descobri que é chamada de abiu, é comestível, porém, se não for consumida da forma correta, o látex da sua casca gruda na boca.
A abiu é fruto do abieiro, é uma parente da sapoti, pertence a família das Sapotáceas, é originária das regiões amazônicas, porém ela se dá bem no país todo.
Feitas as apresentações por nosso amigo google, me senti mais segura para experimentá-la: Cortei-a ao meio e com uma colher tirei sua polpa cuidadosamente. O sabor da frutinha é incrível, tal como seu perfume. É doce, me lembrou o sabor de algodão-doce!

Receita de Sobremesa de Verão

Quando eu me casei não tinha internet em casa, ela só chegou um ano depois, era discada, super lenta e cara, além disso não tínhamos essa grande quantidade de receitas na rede, portanto, quando queria uma receita nova, a fonte era outra.
Nessa época eu morava em um apartamento localizado na frente de uma banca de jornal e essa era a solução dos nossos problemas. Era ali que comprávamos revistinhas de receitas, para todos os gostos. A variedade era grande, doces, salgados, receitas de liquidificador, receitas de 30 minutos, bolos recheados, receitas para festas, e por aí vai…
Meu marido e eu aprendemos muita coisa com elas… o tempo passou, e apesar de tê-las guardadas dentro de uma pasta, pronta para consulta, na maior parte do tempo, elas ficam ali esquecidas, afinal, a busca por receitas no google tornou-se automática no século XXI.
Um dia desses, meu marido surgiu com um clássico de uma dessas revistas. Era um fim de semana prolongado, e entre um episódio e outro de uma maratona de Resurrection (série de televisão), que assistíamos, ele preparou essa receita, que é bem simples, e que me fez sentir um gostinho de doces lembranças!

Receita de Sobremesa de Verão

Ingredientes
6 pacotinhos de gelatina de sabores sortidos
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 envelope de gelatina sem sabor

Modo de fazer
Faça as gelatinas sortidas conforme as instruções da embalagem e leve para gelar em vasilhas separadas.
Quando elas estiverem firmes, corte em quadrados e coloque em um refratário grande.
Dissolva a gelatina sem sabor conforme as instruções da embalagem e bata no liquidificador junto com o leite condensado e o creme de leite.
Misture delicadamente aos quadradinhos de gelatina e leve para gelar por 3 horas.




Receita de Mostarda tipo Dijon

A diversificação de molhos para comer com hambúrguer, cresce cada vez mais, existem um milhão de molhos, alguns deliciosos e outros meio estranhos (para o meu gosto, é claro), mas cá entre nós,  prá mim o melhor sempre será a mostarda!
A mostarda vai bem com tudo, com sanduíche, cachorro quente, salsicha alemã, salada de batata alemã, saladas em geral, e até para comer com pão, só pão e ela! Serve também para temperar carne (eu faço um contrafilé assado, temperado com mostarda, que é divino), enfim, vai bem com tudo.
Já estava namorando várias receitas de mostarda há algum tempo, mas sempre meio com um pé atrás, eu pensava assim: impossível ficar igual a mostarda industrializada, até que resolvi tentar, (me cansei dos preços cada vez mais altos das mostardas tipo dijon. Quanto as comuns, que apesar de custarem bem menos, da minha infância prá cá se tornaram pastas amarelas transparentes, de sabor artificial e engrossadas com amido).
A forma de preparo não tem segredo nenhum, é muito simples mesmo, e sem dúvida, o resultado é PERFEITO!!! Não podia ter ficado melhor!

Ingredientes:
¾ de xícara de sementes de mostarda escura
¼ de xícara de sementes de mostarda amarela
1 xícara de vinho branco seco
1 xícara de vinagre branco
1 cravo

Modo de fazer
Coloque todos os ingredientes em um refratário, e deixe na geladeira durante 48 horas.
Terminado o tempo, tire o cravo, e bata tudo no liquidificador. Você deve bater de acordo com a consistência desejada. Quanto mais bater, mais lisa ela ficará. (Dividi minha receita em duas partes, uma bati menos, e outra bati mais. A mais lisa usarei como molho de mostarda, a outra usarei para temperar carnes).
Depois de bater, volte para um refratário, tampe, e deixe na geladeira por uns 4 dias, antes de começar a consumir. Essa etapa serve para a mostarda perder um pouco do sabor picante, (que logo após bater é muitooo forte), ou seja, quanto mais tempo ela ficar na geladeira depois de pronta, menos picante ela fica.

Na foto acima, os grãos foram batidos por menos tempo
 Aqui a mostarda está com um aspecto mais liso, foi batida por mais tempo no liquidificador.


Receita de Pernil de Cordeiro com molho de Tamarindo


Eu estava com um pernil de cordeiro no freezer há umas duas semanas... Não fiz antes porque eu estava matutando um jeito diferente de preparar, que fugisse do meu modo habitual. Sabe aquela coisa de sair do automático?
Aí, passeando pela internet, vi um post no Come-se, da Neide Rigo, onde ela fala sobre tamarindo, na hora tive certeza que o meu cordeiro ficaria perfeito com molho de tamarindo.  Como eu já tinha uma bandejinha da fruta aqui em casa, percebi que eu estava com a faca e o queijo na mão (nesse caso, o cordeiro e o tamarindo), então fui logo anunciando: Amanhã vamos ter pernil de cordeiro ao molho de tamarindo! (é claro que eu esperava um comemoração por parte dos envolvidos), mas o que eu ouvi foi uma frase nada encorajadora: Mor, você sabe que eu não gosto de tamarindo né... (frase que eu interpretei como: Isso pode ficar estranho, faz com hortelã que não tem erro). Confesso que fiquei insegura, mas no final pensei, se não der certo, não deu, isso acontece.
Corri prá cozinha, tirei o pernil de cordeiro do freezer, colhi algumas ervas na minha hortinha,  e comecei a descascar os tamarindo para colocar de molho e fazer o concentrado, recém aprendido no Come-se, que seria o principal ingrediente do meu molho, (até então eu ainda não fazia a menor ideia de quais seriam os outros ingredientes para o molho).
O pernil descongelou por completo quase meia-noite, temperei, e deixei na geladeira, até o dia seguinte.
Fazia tempo que eu não ficava tão ansiosa com uma receita, até sonhei com o cheiro dela naquela noite... Sabe quando você acorda sentindo um cheiro?
No final das contas, acho que foi meio que uma previsão, porque logo que começou a assar, o perfume tomou conta da casa, minha amiga passou por aqui, e disse que estava sentindo o cheiro da rua!! Até que... acabou o gás... (o gás sempre decide acabar enquanto preparo algo que eu estou com muita vontade, outro dia acabou quando eu estava fazendo o Boeuf Bourguignon do filme Julie e Julia... detalhe, era tarde da noite, e não consegui ninguém para entregar o gás, mas também não podia dormir sem comer essa delícia... Acabei colocando a panela dentro do forno elétrico e consegui salvar o ensopado e matar minha vontade).
Ufaaa... acho que hoje estou muito dispersa, então prá resumir: apesar de ser domingo, o gás chegou razoavelmente rápido, terminei meu assado, que ficou ultra macio, ainda assei umas batatinhas para acompanhar, e todo mundo amou. Inclusive o molho de tamarindo. Olha lá a receita:
Receita Pernil de Cordeiro

Ingredientes:
01 Pernil de Cordeiro de aproximadamente 1,8 kg
01 maço de tomilho
03 galhos de hortelã
03 galhos de alecrim
06 folhas de louro (eu só tinha o seco, mas sempre prefiro usar o fresco)
01 colher de curcuma (o mesmo que açafrão-da-terra)
02 pimentas dedo de moça
04 dentes grandes de alho
Azeite a gosto
Sal a gosto

Modo de Fazer
Bata bem em um pilão, o alho, o sal, a curcuma, a pimenta, o azeite e metade dos outros temperos (tomilho, hortelã, alecrim e louro). Vai formar uma pasta.
Passe essa pasta em todo o pernil, e espalhe o resto das ervas que ficaram inteiras em baixo e em cima da carne (Eu não furei a carne, e o tempero pegou super bem).
Cubra com um filme plástico e deixe na geladeira por umas 12 horas. Leve para assar em forno alto, (já pré-aquecido). Depois de 20 minutos, abaixe o fogo para 160 graus, e deixe assando por cerca de 2 horas, ou até você achar que ele está bem assado.

Receita de Molho de Tamarindo

Ingredientes:
100 ml de concentrado de tamarindo (veja como fazer o concentrado aqui no Come-se)
50 ml de vinho branco
100 ml de água
1 colher de sopa de açúcar mascavo
1 colher de sobremesa de raspas do fundo da forma que você assou o cordeiro
1 colher de café de maisena dissolvida em um pouquinho de água



Modo de fazer:
Coloque o concentrado de tamarindo junto com a água e as raspas da forma para ferver. Quando começar a ferver, acrescente o vinho, depois o açúcar. Experimente e veja se está do seu gosto (se achar que está muito forte ou azedo, pode dar uma acertadinha com mais água e/ou açúcar mascavo). Deixe fervendo um pouco, abaixe o fogo e acrescente a maisena dissolvida em água, deixe no fogo e vá mexendo por mais alguns minutos.

Para acompanhar fiz batatinhas, a receita delas já passei a receita aqui!




Receita de Brownies Marmorizados

Fiz esse Brownie em uma noite dessa semana, quando levantei no dia seguinte percebi que a turma gostou tanto, tanto, que já havia praticamente acabado (detalhe, fiz duas receitas!). Sorte que eu tirei a foto logo!!
Essa receita é de um livro que ganhei da minha filha, chamado "Memórias Gastronômicas" da chef inglesa Caroline Brewester. O livro é lindo!! É daqueles livros que a gente não cansa de folhear! Ele é dividido por capítulos de acordo com o tipo de receita, e em cada um deles, existe um lindo bolso, onde podemos guardar nossas receitas favoritas. Junto com ele, veio também vários cartões postais com receitas de várias partes do mundo.
Além de tudo isso, já deu para perceber que as receitas dão certo, e são deliciosas!

Receita de Brownies Marmorizados

Ingredientes:
100 gr de chocolate meio amargo
100 gr de chocolate branco
150 gr de manteiga
3 ovos
1 colher de chá de essência de baunilha
1 xícara de açúcar mascavo
1 pitada de sal
1 xícara de farinha de trigo
2 colheres de chá de fermento químico
1 xícara da noz ou castanha da sua preferência (eu usei nozes)

Modo de Fazer:
Preaqueça o forno e forre uma forma de 35x20cm com papel manteiga e espalhe no fundo dela as nozes picadas. Coloque cada um dos tipos de chocolate, tigelas refratárias separadas, e divida a manteiga entre elas. Derreta em banho-maria e reserve.
Em outra tigela, bata os ovos, a baunilha e o sal. Incorpore aos poucos a farinha e o fermento. Despeje metade dessa mistura no chocolate meio-amargo, e metade no chocolate branco.
Despeje as duas massas alternadamente na forma, e leve para assar por cerca de 25 minutos, ou até que forme uma crosta por cima, mas o meio continue macio.
Tire do forno e deixe esfriar completamente na forma. Depois de frio corte em quadradinhos.
Rende cerca de 24 brownies.

Receita de Torta Rústica de Carne-Seca, Banana-da-Terra e Canela


Tenho essa receita há mais de 15 anos, ela está lá no meu caderno de receitas e eu não faço a menor ideia de onde ela veio.
Quando fiz pela primeira vez, confesso que me incomodei com alguns ingredientes do recheio, mas com o tempo fui mudando algumas coisas, até chegar no ponto ideal para o meu paladar.
A massa dela tem um ponto incrível, é super tranquila de fazer. O que é mais chatinho mesmo é cozinhar e desfiar a carne-seca.
Eu sempre compro aquelas caixinhas de carne-seca cozida e desfiada, é uma mão na roda além de ser um produto de excelente qualidade (vem muito bem desfiada, e sem nenhuma gordura), mas acontece que há uns 2 meses não encontro em lugar nenhum... L ... Assim sendo, como minha vontade dessa torta era enorme, encarei a carne seca e a panela de pressão, e sem dúvida, não me arrependi.
Costumo servi-la apenas com uma salada de rúcula.

Ingredientes para a massa:
4 xícaras de farinha
1 xícara de batata ralada
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de canela em pó
1 xícara de manteiga gelada picada em cubinhos
2 colheres de sopa de água gelada
1 gema para pincelar
Ingredientes para o recheio:
600 gr de carne-seca desfiada
Manteiga para refogar
1 cebola grande
Salsinha e cebolinha à gosto
4 bananas-da-terra

Modo de fazer:
Coloque a carne seca para cozinhar por cerca de 1 hora na panela de pressão.
Enquanto a carne cozinha, vá preparando a massa. Misture todos os ingredientes da massa, com exceção da água, até formar uma farofa. Junte a água bem gelada. Você vai perceber que a massa vai tomar corpo imediatamente. Embrulhe a massa em um filme plástico e deixe na geladeira enquanto prepara o recheio.
Depois de cozinhar a carne, tire toda a gordura e desfie bem. Refogue com cebola picada em fatias e salpique salsinha e cebolinha. Reserve.
Coloque a banana-da-terra em uma chapa de ferro ou em uma frigideira de fundo grosso, até ela ficar bem passadinha. Reserve.
Comece a montagem: Tire a massa da geladeira, cubra o fundo e as laterais de uma forma redonda desmontável, com aproximadamente 27 centímetros de diâmetro (você vai usar um pouco mais de metade da massa para fazer isso).
Coloque o carne-seca refogada, e as bananas por cima. Abra o restante da massa com um rolo, e cubra a torta. Pincele com gema de ovo (nessa torta da foto, esqueci de pincelar, por isso ela está bem branquinha).
Leve para assar em forno médio, pré-aquecido, até a massa dourar.

Receita de Bolo de Groselha, Alecrim e Limão


Groselha! Esse é o sabor número zero na minha lista de escolhas de picolés, raspadinhas e chup-chup`s... Lembro até hoje do meu aniversário de 8 anos, quando minha mãe fez uma quantidade impressionante de chup-chup`s  de groselha!!
Aquele xarope doce e vermelhinho é sem dúvida encantador!! Mas na realidade, eu nunca havia parado para pensar o que é a groselha, (acho que sempre pensei que era o xarope, e pronto... rsrsrs), até que um dia, me deparei com uma frutinha linda no supermercado!!! Peguei  antes até de saber de que fruta se tratava. Quando descobri que era groselha, entrei em delírio, corri com ela prá casa para experimentar o mais rápido possível! É super azedinha, bem diferente do xarope, mas deliciosa. Para comer fresca, é um pouco complicado, então fui para a internet ver se tinha alguma receita interessante, e não é que eu achei uma no blog Gormandise, a receita de um bolinho que mistura o sabor da fruta com alecrim fresco, azeite, raspas de limão e iogurte!
A receita deu super certo, nunca mais parei de fazer!
Como essa é uma fruta que a gente não encontra o ano todo, quando encontro, compro e congelo. Sempre que quero fazer esse bolo, ou uma calda, que também fica ótima, é só tirar do freezer.

Receita de Bolo de Groselha, Alecrim e Limão

Ingredientes:
240 gr de farinha de trigo
2 colheres de chá de alecrim fresco
½ colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher rasa de chá de fermento químico
1 pitadinha de sal
160 gr de açúcar cristal
90 ml de azeite
160 ml de iogurte natural desnatado
2 ovos
2  claras de ovo orgânico
1 colher de chá de essência de baunilha
Raspas de 1/2 limão
½ xícara groselha fresca ou congelada

Modo de Fazer:
Misture a farinha de trigo, alecrim, bicarbonato, fermento e sal. Reserve.
Em outra tigela bata o azeite, o iogurte e o açúcar com fouet ou garfo. Adicione os ovos, a essência de baunilha e as raspas de limão à essa mistura.
Incorpore os ingredientes secos, enquanto mistura. Muito cuidado para não formar grumos de farinha.
Passe as groselhas em um pouco de farinha, (para quando o bolo assar, elas não afundarem). E misture cuidadosamente à massa.
Forre duas formas de bolo inglês com papel manteiga e leve para ass rem forno médio, pré-aquecido, por 30 minutos, ou até que o bolo fique dourado.

Temperos e especiarias: Feno Grego

O Feno Grego é um tempero super antigo. Leva esse nome porque foi descoberto justamente pelos antigos gregos. A história diz que houve uma época, que o estoque de feno de alguns agricultores embolorou e tornou-se rançoso, na tentativa de amenizarem o problema, decidiram misturar ao feno uma planta que crescia aleatoriamente e que cheirava aipo. 
A solução saiu melhor que a encomenda, já que além de tornar o feno atraente para os cavalos comerem, curou os animais que estavam doentes do estômago e do intestino.

A teoria dos agricultores foi comprovada, depois que que estudos revelaram que a semente extraída da vargem da planta, é composta por uma substância resinosa chamada  mucilagem, que quando misturada com água expande-se em uma forma gelatinosa com o poder de proteger os tecidos inflamados.

A partir daí, a plantinha que todos consideravam mato, foi batizada de feno grego, e hoje é um dos principais temperos da culinária indiana. Suas sementes são moídas para integrarem masalas (combinação de temperos, que pode variar de acordo com a região da Índia). Suas folhas servem como tempero para refogados, ou ainda seus brotos podem se tornar uma deliciosa salada.

Eu achei as sementinhas para comprar em uma loja de produtos para confeitaria, claro que não resisti, estava louca para experimentar. O cheiro delas é muito parecido com o cheiro de cubos de caldos industrializados, porém seu sabor é muito mais delicado.


Depois de começar a usar em tudo que é receita de carne, (fica ótimo na receita dos hambúrgueres, que passei aqui), cismei que queria experimentar seus brotos, então peguei o que sobrou das sementinhas e coloquei para brotar, em dois dias já tinha lindos e deliciosos brotos!! (juro que nesse momento me livrei de todo o trauma de quando eu era criança e a minha experiência de brotar o feijão para o trabalho da escola não deu certo).
Para brotar as sementes é muito fácil (vale para outras sementes também):
Forre um escorredor de macarrão, ou uma peneira, com papel toalha e espalhe as sementes por cima do papel.

Coloque o escorredor em cima de um prato com um pouquinho de água (quantidade suficiente para deixar as sementes úmidas, mas não encharcadas). Troque essa água uma vez por dia.
Em dois ou três dias você já terá seus lindos brotos!! 

Já que tive minha experiência bem sucedida, é claro que eu não ia sossegar, precisava avançar mais, então resolvi plantar parte dos brotos em um vasinho, assim se desse certo eu além de experimentar as folhas, teria feno grego na minha horta!!



Por enquanto eles estão crescendo que é uma beleza, acho que daqui há alguns dias já consigo experimentar as folhas, aí volto aqui e conto como elas são.

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