Adoro Ubatuba, acho incrível que apesar de ter ido muitas vezes para lá, sempre me surpreendo com alguma coisa nova.
Em janeiro passamos uns dias por lá, com uma programação muito solta pegamos a Rio Santos, e seguimos para o norte da cidade.
Na estrada, na altura da praia da Fazenda avistamos uma plaquinha: Casa da Farinha. Já tinha ouvido falar do lugar, então resolvemos seguir a indicação da placa.
Após alguns minutos em uma pequena estrada de terra, chegamos a tal Casa da Farinha, nesse momento eu ainda não tinha ideia do que nos esperava!
O lugar é incrível! Quem nos apresentou tudo, foi o Sr. José Pedro, que mora lá desde criança.O processo de produção da farinha de mandioca, é feito por meio de uma roda d’água que gira no centro de uma vala, por onde o rio passa. Essa roda foi construída no final do século 19, e era parte de um engenho de cana de açúcar e álcool, que funcionava no local.
A Casa da Farinha fica na Fazenda Picinguaba, reconhecida como remanescente de quilombo em 2005, pela Fundação Palmares.
Falando em rio, o Sr. José Pedro nos indicou um caminho para chegarmos ao rio, segundo ele, onde tem uma biquinha para banhar (essa trilha, liga o local até a cidade de Paraty-RJ).
O rio é maravilhoso, fica bem pertinho de onde estávamos, e eu não vou conseguir de nenhuma maneira, descrever o que eu senti no local. É simplesmente mágico, estar junto à natureza, á água, a mata... A força daquilo tudo junto, me fez sentir que faço parte de algo muito, muito maior do que qualquer coisa que eu já possa ter imaginado...
Além da produção da farinha, a comunidade local, desenvolve uma série de ações, que buscam o resgate da nossa história e da nossa ancestralidade, como a realização da festa do azul marinho, produção de artesanato e o projeto de manejo sustentável da Palmeira Juçara, além das atividades realizadas por meio do programa de Pontos de Cultura. (tudo isso é assunto para outros posts).
Lá é possível comprar a deliciosa farinha produzida (que eu trouxe um pouco), além de doces e frutas, como jaca e banana.
E enquanto escrevia esse post, fiquei morrendo de saudade do lugar, espero voltar em breve...
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